quarta-feira, julho 28, 2004
Gregos e troianos
O jogo mais interessante das meias-finais foi de caras o que conduziu a Grécia à final. Já disse aqui que não era essa a minha preferência, a República Checa trouxe o futebol mais completo e amadurecido de todo o campeonato, mas o que conta são as que entram. Os checos foram como os troianos de há 3200 anos atrás: tudo indicava que iriam vencer mais esta, para afinal serem dizimados pelo jogo traiçoeiro dos gregos. Não que falte a estes mérito, pois aplicam com uma disciplina excepcional a táctica de contenção desenhada pelo seu treinador (alemão, pois claro!), e o trato que têm com a bola mostra que são bons a jogar.
O Pierluigi Colina ia despedir-se da arbitragem neste jogo. Pois bem, este excelente árbitro despediu-se muito mal. Perdoou um penalty aos gregos e em geral favoreceu-os, estava irreconhecível. Mas se isso ajuda um pouco a explicar a derrota dos checos, no fundo a culpa acaba por ser deles próprios. Na talvez única jogada do que é a melhor maneira de furar a teia grega, o Baros e o Koller trocaram a bola magistralmente, para depois o bom gigante desperdiçar. Tenho a certeza que era nisso que ele estava a pensar, naquela imagem derradeira de desespero junto à baliza grega, já depois do jogo.
Não sei como vai ser com Portugal, mas é evidente que os gregos não são para subestimar outra vez. Ou o Scolari estuda bem a lição, ou vamos ser outra República Checa. E não me parece que ele esteja para estudar seja o que for.
O Pierluigi Colina ia despedir-se da arbitragem neste jogo. Pois bem, este excelente árbitro despediu-se muito mal. Perdoou um penalty aos gregos e em geral favoreceu-os, estava irreconhecível. Mas se isso ajuda um pouco a explicar a derrota dos checos, no fundo a culpa acaba por ser deles próprios. Na talvez única jogada do que é a melhor maneira de furar a teia grega, o Baros e o Koller trocaram a bola magistralmente, para depois o bom gigante desperdiçar. Tenho a certeza que era nisso que ele estava a pensar, naquela imagem derradeira de desespero junto à baliza grega, já depois do jogo.
Não sei como vai ser com Portugal, mas é evidente que os gregos não são para subestimar outra vez. Ou o Scolari estuda bem a lição, ou vamos ser outra República Checa. E não me parece que ele esteja para estudar seja o que for.
O Figo já é campeão
Depois do jogo com a Holanda, a festa principal era para o facto de Portugal ter realizado o sonho de chegar à final. E foi nessa hora que entrevistaram o Figo, o tal que ficou lento com a idade, o tal que afinal faz grandes jogos e é determinante em toda a acção ofensiva. E dele sairam palavras de alguém que não esqueceu as jovens promessas de 1989 e 1991, a quem um dia os jornalistas em 1996 colaram o rótulo de geração de ouro: o que tinha sido atingido era-lhes dedicado, aliás era a todos que tinham jogado na selecção durante estes anos. Admirável atitude!
